sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

FALANDO DE VINHOS - REGIÃO DE CHAMPANGNE


Neste final de ano, não poderia deixar de citar a Champangne em nossos comentários. Esse líquido que encanta e provoca sensações que variam entre o “poder, alegria e, é claro, muito prazer!
À simples evocação do nome do rei dos vinhos, os espíritos se acendem e os olhos brilham, antecipando motivos muito especiais para comemorar. Além do champanhe, os vinhedos da região também dão origem a outros vinhos de qualidade, como o Ambonnay, o Bouzy, o Cumières ou o Vertus. E fazem um excelente acompanhamento à tradicional e refinada cozinha local.

Já visto que o vinho base do espumante vem de regiões mais frias, com verão menos ensolarado e de curta duração. Também de onde se originou o Champagne e seu glamour. Mas o que especificamente a região do Champagne que na verdade é uma Região Administrativa (Estado) francês tem de tão especial, afinal a região alemã do Mosela e os vinhos do Luxemburgo ficam na mesma latitude.
Perto de Paris algo como 150 quilômetros, de carro pouco mais que  duas horas, a abençoada região de Champagne possui clima e solos ideias para o cultivo das castas que darão origem ao vinho base, tradicionalmente, Pinot Meunier, Noir e Chardonnay.

Solo
Diferentemente da outros locais o solo aqui é composto de giz. O solo de giz (calcário)  reflete a luz do dia aumentando, no momentos necessários a quantidade de sol que a uva precisa.

Clima
A região é muito chuvosa e os vinhedos estão plantados, em geral no plano, como fazer com o excesso de água? O giz absorve grande parte desta água mantendo a sanidade da videira. As raízes da videira, quando necessário podem descer 8 metros ou mais a procura de alimento. Mas se tivermos excesso de matéria orgânica na superfície ou mesmo ausência de necessidade da raiz descer há um problema, pois elas passam a crescer para os lados impedindo o correto desenvolvimento da planta. E solos muito úmidos são solos ricos em matéria orgânica. O verão é época de pouca chuva, como fazer para  ”molhar” o solo? O mesmo giz que absorveu a água agora a devolve, lentamente, para a videira. Aí estão as diferneças.
Claro que há micro-climas na região do Champagne, principalmente em razão da altura em que os vinhedos são plantados. Já visto que a altura exerce forte influência no desenvolvimento final da uva. Plantadas mais ao alto o amadurecimento final é mais lento o que gera muita diferença no vinho a ser produzido.
Por fim vêm décadas de experiência na produção deste vinhos, desde a videira até a garrafa o que traz um diferencial muito grande.

Mas cuidado. Vale a mesma lembrança, em termos de tinto, somos muito guiados pelo estilo Parker, vinhos tintos retintos. Então temos a imagem de que os vinhos caros, na Europa, seguem este estilo o que gera decepções. Paguei caro e vem este vinho “aguado”!

No Champagne é semelhante. Temos a noção de Champagne bom é aquele que a taça entra em ebulição de tantas borbulhas. Nem sempre é assim, quando jovem OK mas quanto mais velha for, por óbvio esta explosão de bolhas vai embora, mas em compensação estamos a frente de uma verdadeira jóia engarrafada.

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