domingo, 23 de dezembro de 2012

DICAS DE CHAMPANGNES PARA COMEMORAR SEU NATAL E ANO NOVO

Neste Comentário irei dar dicas de Champangne que estão disponíveis ao consumidor brasileiro. Vou fugir dos apelos comerciais da Veuve Clicquot e Moet & Chandon que, apesar de serem excelentes Champangnes, estão longe de ser as melhores dentro de um bom custo-benefício e também de acordo com seu método de elaboração.




sábado, 15 de dezembro de 2012

MENTIRAS E VERDADES - TORO LOCO

Tem duas formas de analisar o Toro Loco.
A primeira, levando em consideração a classificação do vinho que foi considerado um dos melhores do mundo na tradicional International Wine & Spirits Competition. Nesse caso o degustador fica decepcionado com o vinho.
O vinho é simples, bastante frutado, sem defeitos, mas não tem complexidade.
Outra forma de analisar o vinho é pensando no preço: 25 reais.
Os vinhos nessa faixa de preço no Brasil, infelizmente são pouco interessantes.
Esse como disse antes, é agradável de beber, tem boa fruta e apenas 12,5% de álcool.
Garrafa bonita, rótulo bonito e screw cap. 

By Beto Duarte (Papo de Vinho)

Resumo: "está muito, muito, muito longe de ser um grande vinho como comentado! Entretanto, vale cada centavo como mencionou o Beto Duarte!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

FALANDO DE VINHOS - REGIÃO DE CHAMPANGNE


Neste final de ano, não poderia deixar de citar a Champangne em nossos comentários. Esse líquido que encanta e provoca sensações que variam entre o “poder, alegria e, é claro, muito prazer!
À simples evocação do nome do rei dos vinhos, os espíritos se acendem e os olhos brilham, antecipando motivos muito especiais para comemorar. Além do champanhe, os vinhedos da região também dão origem a outros vinhos de qualidade, como o Ambonnay, o Bouzy, o Cumières ou o Vertus. E fazem um excelente acompanhamento à tradicional e refinada cozinha local.

Já visto que o vinho base do espumante vem de regiões mais frias, com verão menos ensolarado e de curta duração. Também de onde se originou o Champagne e seu glamour. Mas o que especificamente a região do Champagne que na verdade é uma Região Administrativa (Estado) francês tem de tão especial, afinal a região alemã do Mosela e os vinhos do Luxemburgo ficam na mesma latitude.
Perto de Paris algo como 150 quilômetros, de carro pouco mais que  duas horas, a abençoada região de Champagne possui clima e solos ideias para o cultivo das castas que darão origem ao vinho base, tradicionalmente, Pinot Meunier, Noir e Chardonnay.

Solo
Diferentemente da outros locais o solo aqui é composto de giz. O solo de giz (calcário)  reflete a luz do dia aumentando, no momentos necessários a quantidade de sol que a uva precisa.

Clima
A região é muito chuvosa e os vinhedos estão plantados, em geral no plano, como fazer com o excesso de água? O giz absorve grande parte desta água mantendo a sanidade da videira. As raízes da videira, quando necessário podem descer 8 metros ou mais a procura de alimento. Mas se tivermos excesso de matéria orgânica na superfície ou mesmo ausência de necessidade da raiz descer há um problema, pois elas passam a crescer para os lados impedindo o correto desenvolvimento da planta. E solos muito úmidos são solos ricos em matéria orgânica. O verão é época de pouca chuva, como fazer para  ”molhar” o solo? O mesmo giz que absorveu a água agora a devolve, lentamente, para a videira. Aí estão as diferneças.
Claro que há micro-climas na região do Champagne, principalmente em razão da altura em que os vinhedos são plantados. Já visto que a altura exerce forte influência no desenvolvimento final da uva. Plantadas mais ao alto o amadurecimento final é mais lento o que gera muita diferença no vinho a ser produzido.
Por fim vêm décadas de experiência na produção deste vinhos, desde a videira até a garrafa o que traz um diferencial muito grande.

Mas cuidado. Vale a mesma lembrança, em termos de tinto, somos muito guiados pelo estilo Parker, vinhos tintos retintos. Então temos a imagem de que os vinhos caros, na Europa, seguem este estilo o que gera decepções. Paguei caro e vem este vinho “aguado”!

No Champagne é semelhante. Temos a noção de Champagne bom é aquele que a taça entra em ebulição de tantas borbulhas. Nem sempre é assim, quando jovem OK mas quanto mais velha for, por óbvio esta explosão de bolhas vai embora, mas em compensação estamos a frente de uma verdadeira jóia engarrafada.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

HARMONIZAÇÃO DE QUEIJOS E VINHOS

ENCONTREI NA INTERNET VÍDEOS QUE COSTUMO VER SEMPRE - ENÓLOGOS ONLINE.
ESTE EM PARTICULAR, FALA SOBRE A HARMONIZAÇÃO DE QUEIJOS E VINHOS. VALE A PENA CONFERIR.


sábado, 8 de dezembro de 2012

VINHOS DO DOURO COM EXCELENTE CUSTO-BENEFÍCIO

Na semana passada, nossa confraria adquiriu vários vinhos do Douro para realizar essa tão aguardada degustação. Ao todo 20 rótulos e quarenta garrafas entre vinhos tintos e vinhos do Porto. Um inigualável prazer!!Foram degustados em duas reuniões! Em uma delas realizamos harmonização com Bacalhau a Lagareira. Alguns harmonizaram com excelência o prato, outros nem tanto!
Desse montante de rótulos, selecionei alguns que mais agradaram a grande maioria dos confrades. Entre os campeões estão vários da Quinta do Portal (devo assumir pois sou fã dos vinhos produzidos por essa vinícola) e outros que são muito atraentes como o Pinalta e o Apegadas Quinta da Velha. Lembro que um vinho com excelente custo-benefício não está ligado ao valor pago pelo mesmo mas sim ao prazer que este vinho pode te proporcionar de acordo com o que pode pagar. Como sugestão, incentivo a FORMAÇÃO DE CONFRARIAS para que os confrades possam degustar grandes vinhos sem ter que desembolsar grandes somas (além de estar na presença de excelentecompanhia). Enfim, vamos ao resultado que, talvez, sirva de dica para vocês:

chaves oliveira - vinhos da quinta do portal

Importadoras:
- Quinta do Portal Colheita 2010 - Chaves Oliveira 
- Pinalta 2006 - Premium Wines
- Quinta do Cidrô 2009 - Barrinhas
- Apegadas Quinta Velha Reserva - Premium Wines

Importadores:
- Vinho do Porto Burmester 10 anos - Adega Alentejana
- Adriano Ramos Pinto - Casa Franco-Suissa
- Vinho do Porto Quinta do Portal Tawny 20 anos - Chaves Oliveira 

Importadores:
- Quinta da Fronteira 2008 - Interfood
- Muros da Vinha Reserva 2010 - Chaves Oliveira 
- Porto Quinta do Portal Fine Tawny - Chaves Oliveira 
- Quinta do Crasto Porto Reserve - Qualimport

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

FALANDO SOBRE VINHOS - VINHOS DO DOURO



 Há poucos locais onde o vinho tenha um impacto tão profundo na história, cultura e existência dos habitantes como no Douro, e não há local onde o vinho tenha tido um impacto tão dramático sobre a paisagem.


O vinho é produzido aqui há pelo menos dois mil anos e provavelmente até há mais tempo. A sua importância tem raízes na animosidade entre a Inglaterra e a França no século XVII. A Inglaterra boicotou ou impôs taxas punitivas sobre os vinhos franceses e concedeu vantagens de negócios aos portugueses. Sem o seu adorado clarete os pragmáticos bebedores de vinho ingleses rapidamente ganharam gosto pelo vinho do Porto, o vinho do Douro que recebe o nome do porto de onde era embarcado. Para proteger a qualidade do vinho, a região produtora de vinho do Douro foi demarcada em 1756, uma das primeiras do mundo.

Em princípio o vinho era na altura simplesmente um vinho tinto não fortificado. No século XIX, contudo, o processo em que uma aguardente vínica neutra com uma percentagem de álcool muito elevada é adicionada ao processo de fermentação da uva tinha sido aperfeiçoado. Isto faz com que o processo de fermentação seja travado matando as células que transformam todo o açúcar da uva em álcool, ficando um vinho doce com alto nível alcoólico, fortificado contra os rigores da viagem marítima até Inglaterra. Desde essa altura o vinho é feito basicamente da mesma forma.


Nas últimas décadas tem sido feita uma viragem de volta aos vinhos do Douro simples e não fortificados. Os gostos alteraram-se e hoje em dia parece ridículo ler relatos que contam que uma pessoa sozinha podia beber algumas garrafas de vinho do Porto à refeição. Embora haja algumas tentativas de aumentar a produção de vinho do Porto, por exemplo promovendo a sua utilização em cocktails longos como o “Porto tónico”, o vinho do Porto é visto principalmente como um digestivo e mesmo assim, reservado para ocasiões especiais. Hoje em dia há pelo menos tanto vinho do Douro como vinho do Porto.  


E ainda bem para todos nós. O vinho do Porto continua a ser produzido melhor do que nunca ao lado de vinhos do Douro excelentes e únicos. De facto, a qualidade do vinho do Porto tem sido melhorada devido às lições aprendidas na produção dos vinhos do Douro. O excepcional terroir, o vasto número de castas de uva e o foco relativamente recente em vinhos não fortificados significam que há ainda um enorme potencial à espera de ser desenvolvido.  

Não há nada como beber e prender sobre estes magníficos vinhos na terra que os viu nascer.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

FALANDO SOBRE VINHOS - PORTUGAL - REGIÃO DO DOURO






A Região Demarcada do Douro estende-se por 250.000 hectares ao longo da bacia hidrográfica do Rio Douro, um rio poderoso que percorre 927 kms desde a nascente nos Picos de Urbión, em Espanha, até à cidade do Porto. Pelo meio atravessa várias regiões vinícolas, sendo a mais impressionante a Região Demarcada do Douro com os seus vales íngremes e cachões estreitos e selvagens.  

Antigamente, era apenas no Alto Douro que a cultura da vinha tinha grande expansão, sendo nessa altura a designação de ' Alto Douro ' adoptada pelos autores para se referirem à zona vinhateira que hoje é o Baixo e o Cima Corgo. Um dos limites originais de demarcação separava o Alto Douro do Douro Superior, na zona do Cachão da Valeira. Esta divisão devia-se a um acidente geológico (o monólito de granito existente no rio que impedia a navegação do Rio Douro para montante desse obstáculo).Era visível a diferença entre as duas zonas, bastando verificar o desenvolvimento mais notório da cultura da vinha no Alto Douro.


Posteriormente, com a remoção do bloco de granito no reinado de D. Maria, a cultura da vinha estendeu-se para leste, embora continuando a representar no Douro Superior uma importância menor do que no Alto Douro. Com a reforma administrativa de 1936, a própria região do Alto Douro passou a ser designada por Baixo Corgo e Alto Corgo, servindo esta subdivisão também para diferenciar os vinhos produzidos numa ou noutra sub-região. A áera de vinha assume maior importância no Baixo Corgo, onde ocupa cerca de 29,9% da área desta sub-região, que se estende desde Barqueiros na margem Norte e Borrô na margem Sul até à confluência dos rios Corgo e Ribeiro de Temilobos com o Douro. O Cima Corgo estende-se para montante até ao Cachão da Valeira, tendo menor importância a área cultivada de vinha. O Douro Superior prossegue até à fronteira com Espanha.


Caracterização das Sub-Regiões

Sub-Região
Área Total (ha)
%
Área com vinha (ha)
% da Área total
Baixo Corgo
45.000
18
14.501
32,2
Cima Corgo
95.000
38
20.915
22,0
Douro Superior
110.000
44
10.197
9,3
Total
250.000

45.613
18,2

Solo
Os solos são na sua quase globalidade derivados de xisto, havendo uma formação geológica envolvente de natureza granítica. No que toca ao material originário dos solos, a maior parte da Região Demarcada, em particular ao longo do vale do Douro e seus afluentes, pertence à formação geológica do complexo xisto - grauváquico ante - ordovício, com algumas inclusões de uma formação geológica de natureza granítica, envolvente. No que se refere a características físico-químicas dos solos: (i) dominam as texturas franco - arenosa fina e franco - limosa, com elevada quantidade de elementos grosseiros nos Antrossolos, tanto à superfície como no perfil, o que confere protecção contra a erosão hídrica, boa permeabilidade às raízes e à água e elevada absorção de energia radiante com consequências positivas na maturação e na diminuição da amplitude térmica diurna; (ii) baixos teores de matéria orgânica da região. (1,5%); (iii) predominância de reacção ácida (pH H2O entre 4,6 a 5,5) e, em menor escala, pouco ácida (pH H2O entre 5,6 a 6,5), em ambos os casos com baixos valores de cálcio e magnésio de troca; (iv) valores geralmente muito baixos a baixos em fósforo extraível (<50 mg.kg-1) e médios a altos de potássio extraível (50 a 100 mg.kg-1).



Clima

A região caracteriza-se por Invernos muito frios e Verões muito quentes e secos. “9 meses de Inverno e 3 meses de Inferno” atesta a sabedoria popular. Dada a enorme profusão de micro-climas, a região é dividida em 3 sub-regiões que variam muito em termos de temperatura e de precipitação: Baixo-Corgo, Cima-Corgo e Douro Superior. A individualidade do Douro deve-se à sua localização, sendo grande a influência que exercem as serras do Marão e de Montemuro, servindo como barreira à penetração dos ventos húmidos de oeste. Situada em vales profundos, protegidos por montanhas, a região caracteriza-se, como dito anteriormente, por ter invernos muito frios e verões 
muito quentes e secos.


Castas

A grande diversidade de castas existentes no Douro, adaptáveis a diferentes situações de clima, demonstra as condições óptimas para a cultura da vinha existentes na região. As castas, na sua maioria autóctones, estão enxertadas em diversos porta-enxertos, escolhidos segundo a sua afinidade para as castas e características do solo. O encepamento da região, aliás como o de todas as regiões demarcadas, está regulamentado através de decreto-lei, sendo aí referidas as castas autorizadas e recomendadas e a respectiva percentagem. Actualmente, nas novas plantações tem-se optado por um número mais reduzido de castas, eleitas pelas suas características particulares. Nas castas tintas destacam-se a Tinta Amarela, Tinta Barroca, Tinta Roriz, TourigaFrancesa, Touriga Nacional e Tint0 Cão; as castas brancas predominantes são a Malvasia Fina, Viosinho, Donzelinho,Gouveio. No que diz respeito à produtividade, a região não se caracteriza por ter castas muito produtivas. Será de referir que o rendimento máximo permitido é de 55 hl/ha (cerca de 7.5OOkg/ha). A produtividade média é de cerca de 30 hl/ha (4. 100kg/ha).


Foi demarcada em 1756 com o intuito de promover a qualidade dos seus vinhos, sendo considerada a primeira região demarcada do mundo!

OBRIGADO!!! TIM TIM!!!